O
BOM PASTOR
Neste
4º Domingo da Páscoa, as leituras estão falando do Bom Pastor que é CRISTO e as
ovelhas que somos nós. Pastor que é bom preocupa-se com as ovelhas, mas as
ovelhas estão querendo que tudo depende do Pastor sem esforço delas e estão achando que são imunes, porque o pastor
tem que dar tudo na hora certa e do jeito que elas desejam. No entanto, as
vezes a ovelha que recebe bom tratamento é colocada quando ela acha que merece
todo o amor que o Pastor deve dar à ela. Neste momento de prova que nós, como
ovelhas, nos revoltamos. Vale a pena ler a história do FERREIRO que está nos
dando uma lição:
Era uma vez um ferreiro que, após uma
juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a DEUS.
Durante muitos anos trabalhou com
afinidade, praticou a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia
dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: Seus problemas e dívidas
acumulavam-se cada vez mais. Uma bela tarde, um amigo que o visitara, e que se
compadecia de sua situação difícil, comentou: “É realmente estranho que,
justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a DEUS, sua vida
começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua
crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.”
O
ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes,
sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o
amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava.
Eis
o que disse o ferreiro:
“Eu
recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em
espadas. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num
calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu
pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma
desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se
enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da
súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a
espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.”
O
ferreiro deu um longa pausa, acendeu um cigarro e continuou:“As vezes, o aço
que chega até minhas mãos não consegue agüentar esse tratamento. O calor, as
marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que
jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então , eu simplesmente o
coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria.”
Mais
um pausa e o ferreiro concluiu: “Sei que DEUS está me colocando no fogo das
aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão
frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço
é: “Meu DEUS, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o SENHOR espera
de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me
coloque no monte de ferro-velho das almas”.
É fácil acreditar quando temos tudo, mas
difícil muitas vezes ter fidelidade e amor a DEUS quando achamos que tudo está
desmoronando. Vamos pedir a DEUS que não nos coloque no ferro-velho da almas
perdidas.
Pe.
Stanislaw Ciurkot